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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Dia das Mães: gratidão.

Minha mãe Cybelle era poderosa. Embora seu pai, o Coronel José Francisco de Carvalho e Mello não a deixasse estudar (e disso se arrependeu muito) ela tinha uma cabeça muito boa, uma visão clara de circunstancias e probabilidades para fazer um bom negocio.  Multiplicou tudo que ela herdou do pai.

Uma coisa que sinto muito é que ela não aproveitou o que tinha para desfrutar das coisas do mundo: viagens, roupas, carros... seu pensamento era sempre poupar. Até dá para entender isso porque vovô era rico e passou apertos com a crise mundial de 1929. Recuperou-se depois, mas o trauma ficou.

Não era muito chegada, embora as fizesse, as lides domesticas. Ela detestava cozinhar, mas era boa doceira. Gostava da casa muito limpa, mas a faxina ou eu, filha, ou a faxineira era quem fazia. Era perita em explorar as habilidades dos outros.

De qualquer forma sou grata a ela  porque me fez estudar, foi dura comigo e me obrigou a lutar pelo que eu queria. Se não fosse por seu bom exemplo, talvez eu não fosse a pessoa que sou hoje.  Porem peguei o lado bom de minha mãe e corrigi o que achava que ela deveria ter feito e não fez.

Obrigada mãe, onde quer que você esteja. Amo você.

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