O tema está bem
batido e, às vezes, não damos importância de tanto ouvir falar essa palavra.
Porem o valor da gratidão é muito grande.
Vou contar a vocês
uma historia.
Eu tenho três filhos,
um dos quais já não habita esse mundo. Esse
meu filho, que não está mais aqui, foi com a família para os EUA, pretendendo estudar por lá e ajudar com
administração da casa. Sua esposa trabalhava, e ainda trabalha, numa grande
empresa.
Ele deixou aqui nossa
família, os amigos e principalmente seu irmão, que era seu melhor amigo e
parceiro de trabalho. Deixou também três empregos que ele tinha. Ele sentiu muita falta de tudo!
Com o tempo, a falta
disso tudo, assim como o frio intenso,
começou a fazer mal para ele. Uma noite teve uma convulsão e levado para
o hospital, detectaram uma massa estranha no seu cérebro. Ele morava numa casa com um péssimo Feng Shui, muito más energias.
Começou a maratona
nos médicos, ressonâncias, etc. Era um tumor, não operável.
Depois de
quimioterapia varias vezes, radioterapia e visita a curadores e locais espirituais, ele conseguiu viver
oito anos após a descoberta do tumor. Viveu uma vida muito boa, recuperou-se
bem. Mas essa doença não perdoa e finalmente após sete anos e meio o monstro
tomou conta de seu cérebro.
Aí começa minha
historia de gratidão. Ele achou a mulher da vida dele e estava muito feliz.
Começou a perder movimentos e equilíbrio (ele era baterista). Não conseguia
falar também, a língua não obedecia ao comando (era poeta também). Mas ele estava feliz porque,
pela misericórdia divina, não tinha noção do seu estado real. E brincava com
isso.
Finalmente veio o
veredicto final: nada mais podia ser feito, só deixar ele se ir em paz.
Todos os meus filhos
vieram para minha casa, com as famílias. Sua filha veio dos EUA. Formou-se um
ninho de amor . Sua noiva também estava aqui.
Minha querida nora,
casada com meu filho mais velho, que é médica ficou ao lado dele todo o tempo.
Tirou férias para isso. E cuidou dele não deixando que ele sentisse sofresse.
Seus amigos, colegas e alunos vieram visitar,
assim como o restante da minha família.
Domingo de carnaval
ele piorou e teve que ser internado. Sempre um dos irmãos, a cunhada estavam
com ele, assim como seu amor. Aí a misericórdia divina fez aparecer uma
pneumonia e ele entrou em coma e passou para o outro lado na terça feira de
carnaval. Sem dor, sem sofrimento e só com três dias de hospital.
Entenderam porque sou
grata? Porque o amor predominou, porque não houve dor, sofrimento, como fim de
uma doença horrível.
Grata por tudo meu
Deus. Sinto muito a falta dele, mas sou muito grata pelo tempo que ele ficou conosco e pelo fim inesperadamente rápido e
misericordioso.