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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Gratidão.


O tema está bem batido e, às vezes, não damos importância de tanto ouvir falar essa palavra. Porem o valor da gratidão é muito grande.

Vou contar a vocês uma historia.

Eu tenho três filhos, um dos quais já não habita esse mundo.  Esse meu filho, que não está mais aqui, foi com a família para os  EUA, pretendendo estudar por lá e ajudar com administração da casa. Sua esposa trabalhava, e ainda trabalha, numa grande empresa. 

Ele deixou aqui nossa família, os amigos e principalmente seu irmão, que era seu melhor amigo e parceiro de trabalho. Deixou também três empregos que ele tinha.  Ele sentiu muita falta de tudo!

Com o tempo, a falta disso tudo, assim como o frio intenso,  começou a fazer mal para ele. Uma noite teve uma convulsão e levado para o hospital, detectaram uma massa estranha no seu cérebro. Ele morava numa casa com um péssimo Feng Shui, muito más energias.

Começou a maratona nos médicos, ressonâncias, etc. Era um tumor, não operável.

Depois de quimioterapia varias vezes, radioterapia e visita a curadores  e locais espirituais, ele conseguiu viver oito anos após a descoberta do tumor. Viveu uma vida muito boa, recuperou-se bem. Mas essa doença não perdoa e finalmente após sete anos e meio o monstro tomou conta de seu cérebro.

Aí começa minha historia de gratidão. Ele achou a mulher da vida dele e estava muito feliz. Começou a perder movimentos e equilíbrio (ele era baterista). Não conseguia falar também, a língua não obedecia ao comando (era poeta também). Mas ele estava feliz porque, pela misericórdia divina, não tinha noção do seu estado real. E brincava com isso.

Finalmente veio o veredicto final: nada mais podia ser feito, só deixar ele se ir em paz.
Todos os meus filhos vieram para minha casa, com as famílias. Sua filha veio dos EUA. Formou-se um ninho de amor . Sua noiva também estava aqui.

Minha querida nora, casada com meu filho mais velho, que é médica ficou ao lado dele todo o tempo. Tirou férias para isso. E cuidou dele não deixando que ele sentisse sofresse.
Seus  amigos, colegas e alunos vieram visitar, assim como o restante da minha família.

Domingo de carnaval ele piorou e teve que ser internado. Sempre um dos irmãos, a cunhada estavam com ele, assim como seu amor. Aí a misericórdia divina fez aparecer uma pneumonia e ele entrou em coma e passou para o outro lado na terça feira de carnaval. Sem dor, sem sofrimento e só com três dias de hospital.

Entenderam porque sou grata? Porque o amor predominou, porque não houve dor, sofrimento, como fim de uma doença horrível.

Grata por tudo meu Deus. Sinto muito a falta dele, mas sou muito grata pelo tempo que ele ficou conosco e pelo fim inesperadamente rápido e misericordioso.